A cultura do cereal abundante nas encostas levou à construção de Moinhos e Azenhas, onde alguns destes exemplares nos chegaram até aos dias de hoje e que nos ajuda a identificar e compreender melhor a vida de outros tempos na freguesia. Os Moinhos colocados em pontos estratégicos onde o vento favorecia a moagem; Contam-se três, dois em Casainhos e um no Alto das Ribas. As Azenhas ou Moinhos de Água são estrutura primitivas de aproveitamento da energia cinética, e são as duas muitos similares em arquitetura, pela levada de água superior: Uma no Rio de Fanhões que preserva apenas a construção em pedra montada, onde ainda podemos ver no lajão do rio o percurso que a água fazia até aos rodízios de madeira ligados ás mós que transformavam o grão em farinha, existe ainda uma argola de ferro fixa a uma pedra mais elevada do leito, onde possivelmente se prendiam os animais que transportavam o cereal ou poderia servir de ancoragem para parar o próprio engenho. Sobre a Azenha de Fanhões salientamos magnifica  aguarela de António Flores, onde podemos ter uma ideia do seu especto em funcionamento. O outro exemplar está na Ribeira de Casainhos e em bom estado de conservação geral, à exceção das madeiras e rodízios,  e onde podemos também perceber no leito o percursos da água. As duas Azenhas estão situadas em locais onde as Lavadeiras tinham as suas pedras, é um lugar onde podemos sentir a nostalgia e imaginar uma grande azafama vivida no local em tempos passados.

Aguarela de António Flores – Azenha do Ti Emílio – Rio de Fanhões